terça-feira

A Diferença entre um "Para" e um "Com" no Ministério de Jovens


Existem pelo menos dois estilos de líder de jovem: aquele que trabalha para a juventude e aquele que trabalha com a juventude. A princípio parece não haver muita diferença, mas uma preposição muda tudo.

O líder que trabalha para a juventude está sempre buscando se afirmar como líder, dando pouco espaço para os outros brilharem e constantemente com medo de perder seu cargo de liderança, sente um forte medo de se tornar desnecessário.

O líder que trabalha com a juventude caminha pelos bastidores abrindo espaço para que outros brilhem e desenvolvam seus talentos e dons, sem medo de se tornar um líder desnecessário, ou substituível, na realidade esse é um dos seus objetivos.

Um líder que trabalha para a juventude centraliza tudo ao seu redor e está constantemente preocupado com o resultado final, ou aquilo que poderá ser posto em relatório ou contabilizado em uma planilha.

Um líder que trabalha com a juventude delega as funções, tarefas e também as congratulações, focando não apenas no resultado final, mas também no processo, visualizando os resultados que não podem ser contabilizados.

Trabalhar para a juventude é estar proximamente ao lado de fora da galera, é preparar tudo o que precisa ser preparado sem saber se era isso que de fato eles queriam, preocupando-se minimamente com os detalhes sem olhar para o essêncial.

Trabalhar com a juventude é estar mais do lado de dentro que de fora, buscando esclarecer o desejo da junventude para construir uma programação em conjunto onde que todos tornam-se participantes e protagonistas.

Conversando com muitos outros líderes de grande experiência na área, pude perceber que um ministério de jovens eficiente, tem pouco haver com números e grandes programações, mas sim com estar junto. Não que as grandes programações ou os números sejam negativos, pelo contrário, é legal ter um ministério com programações dinâmicas e modernas, que falam a linguagem do jovem e também um grupo com bastante gente, isso tudo é bom, mas não é o essêncial, o foco principal ou o objetivo final.

Jovens engajados no reino e apaixonados por Jesus, que buscam cada vez mais conhecê-lo e serví-lo, dedicando-se ao seu reino e a sua vontade, esse sim deve ser o objetivo daqueles que se dedicam a estar a frente da moçada. Esse desafio se conquista em conjunto, não é uma imposição da liderança sobre o liderado, mas sim uma experiência de dentro pra fora. Por essa razão, penso que o caminho é muito mais pela via do “com” do que “para” do buscar ser um líder que esta trabalhando com a juventude e não apenas para a juventude.

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